Não é difícil se espantar com a beleza ou exotismo de um pavão.
Eu enlouqueço desde criança. , lembro de te lo visto pela primeira vez num hotel fazenda , fiquei atônito, esperava por cada segundo até aque aquele leque abrisse novamente.
Depois lembro de algumas casas que visitava na infância que exibiam vasos com aquelas penas que terminavam em olhinhos metalizados.Na minha casa nunca teve, minha imaginação crescia.
Nos anos noventa comecei a criar objetos adornados com plumas, ou melhor , as plumas eram parte integrante da estrutura destes objetos.
Teimosas, engenhosas, penas e plumas têem vontade própria, direção ,curvatura, é necessário respeita las para que fiquem a seu favor.
Nos anos dois mil, nasce o Xingu(clube, estúdio) e um personagem escultural começa a surgir:"O punk de bananas"
Nesses objetos , luminárias e adornos, faziamos a transição entre o material sofisticado, meio banalizado por nós brasileiros(carnaval), aplicando como signo de poder , hedoínismo, surrealismo e luxúria.
Daí nasci um ícone visual da estética do estúdio,clube Xingu, "os olhos de pavão".
Em muitas culturas são conhecidos como "olhos do diabo", pra mim são a expressão máxima do divino, nenhum ohar pode ser mais perturbador, nenhum olho pode ter aquela cor e aqueles cílios.
Me sinto feliz de ter encrustados em mim essa penas, foi exatamente a viagem q tive enquanto a agulha fina esfregava minha pele, mas tatuagem só interessa mesmo a quem faz, ou a quem vai lambe las.